As
crianças, diferentes dos adultos, não tem controle sobre os seus sentimentos.
Elas vivem os sentimentos de forma muito intensa e quando demonstram podem
extrapolar as regras de bom comportamento e também de etiqueta. Colocam sua
raiva para fora com mais facilidade e quando são provocadas, então...
Os
irmãos, na maior parte do tempo estão juntos, moram na mesma casa e alguns
dividem o mesmo quarto. É difícil para eles terem tolerância, diplomacia e bom
senso 24 horas por dia principalmente quando não há maturidade suficiente. Os
motivos das brigas podem ser dos mais banais e também as que merecem mais
atenção.
Penso
que os pais devem posicionar-se de forma que as crianças percebam que são
amadas na mesma medida evitando as queixas: “você gosta mais dele, dela...”. Permitam que cada um conte a sua versão dos
fatos, deixem que coloquem em palavras o que os aborrecem. É muito importante
dizer sempre, que não se deve partir para uma briga todas as vezes que houver
um desentendimento, que se pode resolver de outra maneira, afinal pensamos
diferentes, queremos coisas diferentes, enfim somos pessoas com gostos
diferentes e isso é normal. Não é bom permitir que agressões físicas surjam sem
que se interfira. Bom senso, serenidade e jogo de cintura é necessário, pois, não
há maturidade suficiente para resolverem fatos desagradáveis como pessoas
adultas discutindo diferentes pontos de vista, quando na verdade as crianças
pensam com maior objetividade, um simples safanão poderá surtir um efeito bem
mais rápido.
É
importante observarem com que frequência essas desavenças acontecem e qual sua
intensidade, pois, quando a relação dos irmãos é tensa chegando ao extremo por
causarem prejuízo físico ou emocional e causando mal–estar na convivência
familiar, aí a intervenção de um profissional especializado é necessária, pois
o limite já foi ultrapassado. O que prevalece é o bom senso. As brigas são
comuns até certo ponto.
Maria
de Jesus Machado Lima
Psicóloga
CRP: 06/69459
Analista
Junguiana e Psicossomatista